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Quinto mandato de Putin consolida apoio ao Sul Global: ‘Rússia mais protagonista’

No dia 24 de março de 2024, o pesquisador Tito Pereira, membro do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), participou de uma análise para a Opera Mundi sobre os resultados da eleição presidencial na Rússia, que resultaram na reeleição de Vladimir Putin para o quinto mandato. Tito Pereira, geógrafo e mestre em estudos estratégicos da defesa e segurança, destacou que a vitória de Putin deve consolidar um fortalecimento da posição da Rússia no Sul Global, com um enfrentamento direto à hegemonia geopolítica do Ocidente.

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#316 Eleição na Rússia: como será o próximo mandato de Putin?

No dia 18 de março de 2024, o pesquisador Tito Lívio Barcellos Pereira, membro do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), participou de um episódio do podcast para discutir a reeleição de Vladimir Putin como presidente da Rússia.

Com 87,28% dos votos, Putin venceu mais uma eleição presidencial, marcando 24 anos consecutivos no poder. Durante o episódio, Tito Lívio analisou:

  • O contexto político e econômico da Rússia antes do primeiro mandato de Putin, em 2000.
  • Os fatores que contribuem para sua popularidade contínua entre os eleitores russos.
  • As implicações de sua reeleição para a política interna e externa da Rússia.
  • Os possíveis rumos do novo mandato de Putin.

O episódio também contou com a presença de especialistas, incluindo João Cláudio Pitillo (analista internacional e historiador), Lola Melnyck (jornalista russa-ucraniana) e Vera Gers Dimitrov (advogada e mestra em direito político e econômico).

Para ouvir o episódio, clique aqui: #316 Eleição na Rússia: como será o próximo mandato de Putin?

As relações Rússia-Otan (1991-2023): um breve panorama histórico

Getúlio Alves de Almeida Neto*

 

Trinta e dois anos após a dissolução da União Soviética, observamos o reposicionamento dos 15 países que compunham o bloco, em diferentes contextos e níveis de aproximação ou distanciamento, em relação ao chamado mundo ocidental liderado pelos Estados Unidos. Em específico, a Rússia, oficialmente o Estado sucessor da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), possui um delicado e complexo relacionamento com o assim chamado Ocidente. Nesse sentido, o objetivo do presente texto é apresentar um breve panorama sobre o desenvolvimento das relações entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em específico no que se refere aos temas de Segurança Internacional.

Em 1º de julho de 1991, antes mesmo da dissolução oficial da URSS, teve fim o Pacto de Varsóvia (PV), aliança militar criada em 14 de maio de 1955, durante o governo do líder soviético Nikita Kruschev. A aliança, composta por URSS, Bulgária, Tchecoslováquia, Alemanha Oriental, Hungria, Polônia, Romênia e Albânia (até 1968), fora, sobretudo, uma reação à adesão da antiga Alemanha Ocidental, naquele mesmo ano, à aliança militar ocidental criada em 1949. É nesse contexto que se encontra um dos germes do que viria a ser uma das principais críticas de Moscou aos líderes ocidentais. 

Em 1990, durante o processo de reunificação da Alemanha, um encontro entre o Secretário de Estado dos EUA, James Baker, e o líder soviético, Mikhail Gorbachev, gerou discussão, que perdura até os dias atuais. Conforme a perspectiva dos soviéticos –  alegada pelos russos, como visto por Putin em sua mais recente entrevista com o jornalista estadunidense Tucker Carlson – Baker teria dito à Gorbachev que a OTAN não expandiria “nem um centímetro a mais para o leste”, após o governo soviético ter concordado em retirar suas tropas do território da Alemanha Oriental. A frase foi tema de disputas de narrativas desde então, mas uma série de documentos desclassificados comprovam reiteradas garantias de Baker na conversa com Gorbachev e outros memorandos e comunicações entre líderes europeus que indicariam aos soviéticos que a OTAN não iria incorporar mais Estados à leste. Ademais, a própria continuidade da existência da OTAN sempre foi vista pela Rússia como incongruente no contexto pós-Guerra Fria, uma vez que a aliança havia sido criada justamente para fazer frente à ameaça da União Soviética. Assim, não teriam motivos que justificassem a manutenção do bloco.

Não obstante, as possibilidades de cooperação entre Rússia e os países da OTAN se abriram, sobretudo durante o primeiro mandato de Boris Yeltsin. Assim, algumas iniciativas surgiram nessa direção, tais como: o Conselho de Cooperação Norte-Atlântico (NAAC, na sigla em inglês), criado em 1991  e mais tarde substituído pelo Conselho de Parceria Euro-Atlântico (EAPC, na sigla m inglês), em 1997, e a Parceria para a Paz (PfP, na sigla em inglês), em 1994. Estas iniciativas, ainda existentes, buscavam, como objetivo último, estabelecer uma base de diálogo para promover a confiança e a cooperação bilateral em assuntos militares entre os países da OTAN e os países não-membros da aliança na Europa e Ásia Central, muitos deles ex-repúblicas soviéticas. Além destas iniciativas, a participação de tropas russas em missões de peace enforcement (IFOR, 1995-1996) e peacekeeping (SFOR, 1996-2004) na Bósnia e no Kosovo (KFOR, desde 1999), sob liderança de tropas da OTAN, foram amostras da tentativa de aproximação e cooperação entre o novo Estado russo com o Ocidente. Por último, a assinatura do Ato Fundador em 27 de maio de 1997, no qual havia o reconhecimento mútuo do status de não-adversário entre as partes e a definição de princípios como o interesse comum, reciprocidade, transparência e o conceito de segurança indivisível, materializado na instituição do Conselho Permanente OTAN-Rússia, parecia ser mais um elemento que colocaria fim na lógica de dois inimigos da Guerra Fria. 

Entretanto, dois eventos do ano de 1999 podem ser entendidos pontos de virada na relação entre as partes: o bombardeio da OTAN contra as tropas sérvias durante a Guerra do Kosovo e a segunda expansão da aliança após a Guerra Fria, com a adesão da Tchéquia, Polônia e Hungria, todas ex-repúblicas soviéticas. Críticas foram feitas pelo governo russo à forma como tropas ocidentais intervieram no conflito contra o governo de Belgrado, histórico aliado da Rússia, ainda mais sem a aprovação ou anuência do Conselho de Segurança da ONU (CSNU). Soma-se a isso, o novo conceito estratégico publicado pela OTAN, em 24 de abril de 1999, o qual estabelecia a possibilidade de intervenção da aliança mesmo que não em defesa de um membro que sofrera um ataque, conforme estabelecido no Artigo 5º de seu documento fundador. Além disso, o documento deixava em aberto a possibilidade de futuro alargamento a qualquer país interessado. Como resultado, o governo russo passou a ver menor possibilidade de cooperação com o Ocidente, e a entender que seus interesses não seriam levados em consideração devido à desproporcionalidade das relações de forças militar e econômica entre Moscou e o bloco liderado por Washington. 

Na virada do século, a rápida aproximação de Putin com George W. Bush na esteira dos ataques de 11 de setembro parecem ter sido, novamente, uma tentativa de mostrar a potência russa como possível parceiro estratégico dos EUA na condução das políticas de segurança internacional. Pouco tempo depois, no entanto, novos episódios trouxeram ao Kremlin a dúvida sobre a disposição estadunidense de levar em consideração os interesses russos. A Guerra do Iraque (2003), cuja invasão da coalizão liderada pelos EUA não fora aprovada pelo CSNU; a retirada dos EUA dos Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (ABM), em vigor desde de 1972; e uma nova rodada de expansão da OTAN, em 2004 – com a adesão de Bulgária, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, novamente todas ex-repúblicas soviéticas ou países membros do Pacto de Varsóvia – demonstraram a Putin que o contexto internacional pós-Guerra Fria era, sem dúvida alguma, marcado pela unipolaridade estadunidense e falta de capacidade russa de defender seus interesses ou participar de um concerto global da segurança internacional. Por fim, as chamadas Revoluções Coloridas que depuseram governos mais próximos a Moscou na Geórgia (2003), na Ucrânia (2004) e no Quirguistão (2005), contribuíram para o entendimento do governo russo de que o objetivo final do Ocidente era minar qualquer capacidade de influência russa no seu entorno geográfico. Todas essas críticas foram expostas e principalmente marcadas pelo célebre discurso de Putin na Conferência de Munique, em 2007. 

Depois de 2007, uma série de eventos se avolumaram para contribuir com a piora das relações entre Rússia e os países da OTAN. Através de suas incursões militares na Guerra da Geórgia (2008) e na Guerra da Síria (2011 – atualmente) em defesa do governo de Bashar al-Assad e em lado oposto ao apoio dado pelos EUA aos rebeldes sírios, bem como a anexação da Crimeia pela Rússia (2014), Moscou demonstrou que  não mais hesitaria em empregar suas forças armadas para fazer valer seus interesses em oposição aos interesses de norte-americanos e europeus. Em paralelo a este cenário, a divulgação de novos documentos oficiais de defesa e política externa da Rússia evidenciaram o aumento da insatisfação de Moscou com a contínua expansão do bloco ocidental e a definição da OTAN como principal ameaça ao país

De 2009 a 2020, outras três rodadas de expansão da OTAN incluíram a adesão de Albânia, Croácia, Montenegro e Macedônia do Norte. Da perspectiva russa, a promessa feita pelos líderes ocidentais a Gorbachev estava claramente sacrificada. Não somente houve uma expansão à leste, como também uma incorporação considerável de novos Estados que anteriormente estavam sob influência de Moscou. Por fim, a invasão russa à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e a continuidade da guerra parecem ter colocado um fim, ao menos no presente momento, de qualquer possibilidade de cooperação entre Moscou e o bloco com sede em Bruxelas. Evidência principal dessa afirmação são as adesões de Finlândia e Suécia, tradicionais países neutros, à OTAN. 

De tal forma, a indefinição sobre as possibilidades de cooperação entre Rússia e OTAN caracterizadas pelo otimismo e institucionalização de iniciativas nos anos 1990 foi, ao longo do tempo, dando espaço a uma crescente certeza do status de adversários geopolíticos com interesses divergentes até chegar em seu momento mais crítico com a Guerra da Ucrânia. Nesse sentido, o questionamento sobre a validade da manutenção da OTAN enquanto aliança militar que fora criada na lógica da Guerra Fria é, ao mesmo tempo, a origem dos confrontos indiretos entre as duas partes e a justificativa para sua continuidade em meio a um cenário politicamente conturbado e marcado por guerras. 

 

*Getúlio Alves de Almeida Neto é doutorando e Mestre em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais “San Tiago Dantas” (Unesp/Unicamp/Puc-Sp). Bolsista FAPESP. Pesquisa na área de Defesa e Segurança, com enfoque na reestruturação militar russa pós-soviética como instrumento de projeção de poder e a política russa para o Ártico. Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Estadual de São Paulo “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP, campus de Franca – SP). Pesquisador e membro-fundador do CIRE (Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético).

Imagem: History of Nato enlargement. Por: Creative Commons 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA NETO, Getúlio. Manifesto Moscou: o Conceito de Política Externa russa de 2023 urge um mundo multipolar. Disponível em: https://gedes-unesp.org/manifesto-moscou-o-conceito-de-politica-externa-russa-de-2023-urge-um-mundo-multipolar/. Acesso em: 14 fev. 2024.

CARLSON, Tucker. Exclusive: Tucker Carlson Interviews Vladimir Putin. Youtube, 8 de fev. 2024. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fOCWBhuDdDo&t=3s. Acesso em: 11 mar. 2024

NATIONAL SECURITY ARCHIVE . NATO Expansion: What Gorbachev Heard. Disponível em: https://nsarchive.gwu.edu/briefing-book/russia-programs/2017-12-12/nato-expansion-what-gorbachev-heard-western-leaders-early. Acesso em: 14 fev. 2024.

NATO. The Alliance’s Strategic Concept (1999). 24 April 199. Disponível em: https://www.nato.int/cps/en/natohq/official_texts_27433.htm. Acesso em: 14 fev. 2024.

NATO. Topic: Euro-Atlantic Partnership Council. Disponível em:https://www.nato.int/cps/en/natohq/topics_49276.htm. Acesso em: 14 fev. 2024

NATO. Topic: Partnership for Peace programme Disponível em: https://www.nato.int/cps/en/natohq/topics_50349.htm. Acesso em: 14 fev. 2024

PRESIDENT of Russia. Speech and the Following Discussion at the Munich Conference on Security Policy. 10 Feb. 2007. Disponível em: http://en.kremlin.ru/events/president/transcripts/24034. Acesso em: 14 fev. 2024.

 

Aconteceu em Janeiro e Fevereiro/2024

Reveja os eventos marcantes de janeiro e fevereiro de 2024, desde o referendo de anexação da Transnístria até transformações políticas e de segurança. Clique no link para ler as notícias!

28/02/2024 – Organização de um referendo de anexação da Transnístria pela Rússia

23/02/2024 – Turcomenistão e Japão estreitam relações diplomáticas e extraparlamentares

23/02/2024 – Armênia suspende sua participação na CSTO

16/02/2024 – Alexei Navalny morre em prisão na Rússia

08/02/2024 – Zelensky realiza troca no comando militar da guerra

07/02/2024 – No Azerbaijão, Ilham Aliyev é reeleito em pleito presidencial inédito

22/01/2024 – Rússia acusa Kiev de atacar terminal de gás liquefeito da Novatek em Ust-Luga

19/01/2024 – Países Bálticos vão construir uma rede de bunkers ao longo da fronteira com Rússia e Belarus

 

Retrospectiva 2023

Relembre os principais eventos que marcaram a Rússia e a Eurásia em 2023, desde avanços econômicos até questões de segurança regional e política externa. Esta retrospectiva oferece uma visão completa das principais transformações geopolíticas do ano.

15/11/2023 – Economia russa se expande pelo segundo trimestre consecutivo

03/11/2023 – No Cazaquistão, ocorre a 10ª cúpula da Organização dos Estados Turcos

26/10/2023 – Legisladores russos apoiam aumento maciço de gastos militares

12/10/2023 – Ocorre no Quirguistão a cúpula anual de Chefes de Estado da CEI

05/10/2023 – Abkhazia: Rússia construirá base naval na região separatista da Geórgia

25/09/2023 – O reformador liberal russo e economista Yevgeny Yasin morre aos 89 anos

19/09/2023 – Azerbaijão rompe cessar-fogo e retoma conflito com Armênia em Nagorno-Karabakh

19/09/2023 – No Tadjiquistão, ocorre a 5ª Reunião Consultiva dos Chefes de Estado da Ásia Central

11/09/2023 – Armênia realiza exercícios militares com os EUA em meio a divergências com a Rússia

30/08/2023 – O Quirguistão repatriou 31 esposas e 64 crianças de combatentes do ISIL (ISIS)

27/08/2023 – Prigozhin morre em queda de avião

17/07/2023 – Explosão na ponte Kerch, que liga a Rússia à Crimeia

10/07/2023 – No Uzbequistão, Mirziyoyev é reeleito com 87,1% dos votos

24/06/2023 – Motim do Grupo Wagner

14/06/2023 – Belarus recebe armamento nuclear russo

08/06/2023 – Inundações após destruição da barragem de Kakhovka

24/05/2023 – Ocorre em Moscou o segundo Fórum Econômico Euroasiático

03/05/2023 – Moscou sofre ataques de drones no decorrer do mês de maio

04/04/2023 – Ataque a bomba em um café em São Petersburgo mata um blogueiro militar

19/03/2023 – Vladimir Putin realizou uma visita surpresa em Mariupol

17/03/2023 – TPI emite mandado de prisão para Putin

08/03/2023 – Protestos em Tbilisi: em defesa da liberdade de imprensa e direitos humanos

28/02/2023 – Antony Blinken viaja à Ásia Central para fortalecer laços dos EUA com a região

20/02/2023 – Fim do New Start

20/02/2023 – Crises política e econômica levam a renúncia de primeira-ministra na Moldávia

11/01/2023 – Valery Gerasimov assume comando de tropas russas na Ucrânia

10/01/2023 – Armênia decide não sediar exercícios militares liderados pela Rússia e CSTO

Islã, secularismo e concerto nacional: o Uzbequistão no meio do caminho

O Uzbequistão, uma nação estrategicamente situada na Ásia Central, possui uma história rica e complexa de islamização que moldou sua identidade ao longo dos séculos. No entanto, seu desenvolvimento como um Estado secular moderno traz desafios de equilibrar tradições islâmicas com as exigências da construção nacional.

O artigo de Guilherme Conceição, membro do CIRE, apresenta uma análise crítica desse processo, oferecendo uma perspectiva histórica e comparativa sobre como o país gerencia sua herança religiosa enquanto busca modernizar sua sociedade e fortalecer sua presença global.

Leia o artigo completo aqui.

The 2014 Russian Invasion of Crimea: Identity and Geopolitics

O artigo de Alexandre Fuccille e Danielle Makio, membro do CIRE, examina os motivos geopolíticos e identitários por trás da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. A pesquisa revela como o projeto político de Vladimir Putin se aprofundou em sua rivalidade com o Ocidente e no uso da memória histórica para fortalecer a posição da Ucrânia na agenda russa. A expansão da OTAN e o papel da identidade estatal são elementos chave na análise, que pode ser acessada integralmente no artigo completo.

O conflito Armênia-Azerbaijão e o futuro da integração militar CSTO: realinhamentos e impactos regionais

O conflito entre Armênia e Azerbaijão tem suas raízes em séculos de disputas territoriais, intensificadas após a dissolução da União Soviética e a formação de alianças regionais. Em setembro de 2023, as tensões em Nagorno-Karabakh resultaram em uma ofensiva militar que não só alterou a dinâmica local, mas também trouxe à tona questões sobre o futuro da CSTO, a aliança militar liderada pela Rússia.

Este texto, de Guilherme Geremias da Conceição, membro do CIRE, oferece uma visão crítica sobre os impactos da crise, destacando os realinhamentos geopolíticos e as consequências humanitárias dessa nova fase do conflito.

Leia a a análise completa acessando a página do texto.

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS LÍDERES NA POLÍTICA INTERNACIONAL: O CASO DA BIELORRÚSSIA

Durante o 9º Encontro da ABRI, realizado de 25 a 27 de julho de 2023 na PUC Minas, Maria Eduarda Carvalho de Araujo, membro do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), apresentou uma análise sobre o impacto do comportamento de líderes autoritários na política internacional.

Com base nas contribuições de Kenneth Waltz e nas teorias de Relações Internacionais, o estudo destacou como os vieses cognitivos, como o excesso de confiança (overconfidence), influenciam a atuação de figuras como Alexandr Lukashenko durante a crise eleitoral na Bielorrússia. A pesquisa também aponta caminhos para outras possibilidades de análise ao integrar abordagens teóricas e comportamentais.

Leia mais e explore como os traços de liderança autoritária podem moldar as dinâmicas das relações internacionais.

Pesquisador da Unesp analisa pontos sobre as ameaças entre Grupo Wagner e o governo de Vladimir Putin

No dia 26 de junho de 2023, o pesquisador Getúlio Alves de Almeida Neto, membro do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), participou do podcast Pod Mundo e Política, da UNESP, para analisar as tensões entre o Grupo Wagner e o governo do presidente russo Vladimir Putin.

Durante o episódio, Getúlio trouxe uma visão detalhada sobre:

  • Os embates recentes envolvendo o grupo paramilitar Wagner e o Kremlin.
  • As ameaças de insubordinação lideradas por Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner.
  • O impacto dessas tensões na política interna da Rússia e na estratégia militar do país.
  • As reformas militares russas e as implicações para a segurança internacional.

Getúlio, que também é membro do Observatório de Conflitos do GEDES e doutorando em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP), utilizou sua experiência em pesquisas sobre estratégias e reforma militar russa para fornecer uma análise aprofundada do tema.

Para ouvir o episódio, clique aqui: Pesquisador da Unesp analisa pontos sobre as ameaças entre Grupo Wagner e o governo de Vladimir Putin