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Amazônia Azul é a próxima Groenlândia? Brasil quer submarino nuclear para dissuasão, diz analista

No dia 4 de abril de 2025, o pesquisador do Centro de Investigação sobre Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), Pérsio Glória de Paula, comentou à Sputnik Brasil os desafios do programa de construção do submarino nuclear brasileiro e a importância estratégica da chamada “Amazônia Azul” frente ao cenário geopolítico internacional.

Segundo Pérsio, a lenta execução orçamentária e as limitações estruturais do PROSUB podem comprometer a capacidade de dissuasão do Brasil em um contexto de crescente competição global pelos recursos marítimos. Para o pesquisador, a Marinha tem avançado em marcos tecnológicos importantes — como o domínio do ciclo do combustível nuclear e a construção do complexo naval de Itaguaí —, mas ainda enfrenta gargalos críticos como a miniaturização segura de reatores para propulsão submarina.

Pérsio destacou que a ambição brasileira de integrar o seleto grupo de países com submarinos nucleares não é mero capricho, mas resposta à valorização estratégica do Atlântico Sul. “A Amazônia Azul pode se tornar, para as próximas décadas, o que a Groenlândia representa hoje para o Ártico: um território de projeção de poder e disputa tecnológica latente”, afirmou.

Ao abordar o orçamento da Defesa para 2025, Pérsio observou que a instabilidade dos recursos representa mais do que um obstáculo técnico — revela a ausência de uma política de defesa de Estado e não de governo. “A segurança marítima, energética e tecnológica brasileira passa por decisões estratégicas que não podem mais ser adiadas, sob pena de o país perder sua janela de inserção autônoma no sistema internacional”, concluiu.

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Trump ambiciona a Groenlândia para fazer frente à presença russa e chinesa na região

No dia 27 de janeiro de 2025, Getúlio Alves de Almeida Neto, membro-fundador do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), publicou uma análise no The Conversation sobre o interesse renovado de Donald Trump na Groenlândia e sua relação com a presença russa e chinesa no Ártico.

O artigo explora a estratégia dos EUA para a região, as disputas geopolíticas entre Washington, Moscou e Pequim, e os possíveis desdobramentos da abordagem de Trump, que considera até mesmo coerção econômica ou militar para adquirir a ilha.

Confira a análise completa para entender como o Ártico se tornou um novo palco de rivalidade entre as grandes potências.