No dia 6 de agosto de 2025, Tito Lívio Barcellos, geógrafo, mestre em Estudos Estratégicos de Defesa e Segurança e pesquisador do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), analisou para a Sputnik Brasil os desdobramentos da visita de um enviado do presidente norte-americano Donald Trump a Moscou.
Segundo Tito, o gesto simbólico, com direito a imagens do diplomata caminhando em um parque ao lado de Kirill Dmitriev, diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos, representa a tentativa de preservar um canal diplomático entre as potências, mas “não sinaliza, por ora, nenhum avanço estrutural para a resolução do conflito na Ucrânia”.
Tito chama atenção para o duplo movimento da diplomacia norte-americana. “Trump acena com a mão direita, mas ameaça com a esquerda”, diz, referindo-se ao ultimato imposto à Rússia, acompanhado da promessa de novas sanções a Moscou e a seus parceiros comerciais. Esse contraste, segundo o analista, “expõe o abismo de confiança entre os dois lados — um abismo que nenhuma caminhada em parque é capaz de preencher”.







